O labirinto do fauno (2006) é com certeza um dos melhores filmes do género Fantástico. O cineasta Guillermo Del Toro apresenta uma fábula sombria recheada de metáforas e alegorias. Além de ser puro entretenimento, também é uma óptima refeição mental para os cinéfilos e amantes da literatura fantástica. É fácil encontrar referências a filmes como O Iluminado, A Lenda do cavaleiro sem cabeça, O mágico de Oz, Hellboy (do próprio Del Toro) e livros como Alice no país das maravilhas e as fábulas de Hans Christian Andersen e dos Irmãos Grimm.
O filme abre com uma pequena narração sobre uma princesa que abandonou seu reino subterrâneo para conhecer a realidade humana e as consequências de seu acto. Depois disso conhecemos Ofelia (Ivana Baquero), uma menina de 10 anos fascinada por livros de contos e fábulas com fadas. Ela está viajando junto com a sua mãe Carmen (Ariadne Gil) para o campo, onde vai encontrar seu padrasto, Vidal (Sergi Lopez). Ele é o capitão das forças fascistas do general Franco, que governa a Espanha. Logo de cara percebemos que Vidal é um homem extremamente sádico e que maltrata Ofelia.
Ofélia é uma menina de dez anos absolutamente fascinada por contos de fadas. Nos anos após a Guerra Civil ter oficialmente terminado, Ofélia muda-se com a sua mãe para Navarra, onde o seu padrasto, um oficial fascista, ainda continua a luta. Atrás da fábrica onde se instalam, descobre um labirinto oculto, onde um fauno revela a sua verdadeira identidade: Ofélia é uma princesa oriunda de um reino de fadas, um mundo encantado com que ela sempre sonhou. Para regressar às suas origens, deverá efectuar três provas antes da lua cheia.A luta é uma constante desta personagem solitária, mas que é também detentora de uma coragem única. O Labirinto do Fauno resulta então no equilíbrio perfeito entre a realidade crua e a incerteza graciosa da imaginação humana. Uma procura contínua de uma alternativa à dor, ao sofrimento e à solidão, que é encontrada na inocência de Ofélia. Serão então os sonhos a matéria-prima com que se constrói a realidade de cada um?-
A simplicidade da história apenas reforça que a clareza do Bem versus Mal é efectivamente necessária: afinal, trata-se de um conto de fadas (mesmo sendo um para adultos), em que tudo é visto pelos olhos de Ofélia, num paradoxo entre uma realidade simples e um mundo imaginário complexo, povoado pelos seus desejos mais íntimos. A fantasia como reacção ao absurdo do concreto - é esta a lição máxima de Del Toro.
A simplicidade da história apenas reforça que a clareza do Bem versus Mal é efectivamente necessária: afinal, trata-se de um conto de fadas (mesmo sendo um para adultos), em que tudo é visto pelos olhos de Ofélia, num paradoxo entre uma realidade simples e um mundo imaginário complexo, povoado pelos seus desejos mais íntimos. A fantasia como reacção ao absurdo do concreto - é esta a lição máxima de Del Toro.
Filmes desta beleza quase intocável são raros no cinema actual, obcecado muitas vezes pelo realismo televisivo, deixando para segundo plano a fantasia e a ilusão. Mas afinal, o cinema não é precisamente essa possibilidade de um outro mundo? Se há, de facto, essa possibilidade de fusão entre um objecto de cinema e um sonho, então O Labirinto do Fauno é uma das suas provas mais consistentes, e articula-se de forma absolutamente coesa entre amostras de sacrifício humano e sinais de esperança. Uma experiência cinematográfica única.
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O filme é simplesmente brilhante!
ResponderExcluirNossa, com certeza, esse é o tipo de filme que me fascina!
ResponderExcluirOfélia, assim como eu e algumas pessoas que conheço, são o retrato de pessoas que ainda acreditam na magia. Del Toro soube enfatizar a beleza e a obscuridade de fantazia e realidade duma maneira imprescindível.
Sou amante de filmes do gênero, como Crônicas de Nárnia, Desventuras em Série, Coraline...
São a verdadeira prova de que ainda há uma esperança de fazer brotar a magia m nossos corações.
E, como vc disse, tudo na ótica inocente de uma menina de 10 anos.
Beeijos!
http://danyejesus.blogspot.com