2009-04-26

Kamchatka

Título: Kamchatka
Título Original: Kamchatka
Ano: 2002
Emitido em: Argentina - Espanha
Duração: 1:45
Língua: original (espanhol)
Tradução: Russo Legendas
Gênero: Drama / tela
Direção: Marcelo Pinheiro / Marcelo Pineyro

Filme argentino pouco falado mas muito bom: trata-se de “Kamchatka” (2002, dirigido por Marcelo Piñeyro). Tal como nós, os hermanos ainda têm muitas feridas e cicatrizes da recente ditadura militar pela qual passaram. E o filme mostra isso, porém com um enfoque diferenciado: o que predomina é a visão de uma criança sobre as mudanças que ocorrem com seus pais e com a quebra de rotina que vivem.

A história é assim: em 76, logo após o golpe militar argentino, um casal (interpretado pela ótima Cecília Roth e por Ricardo Darín) tem que fugir de Buenos Aires pois está sendo perseguido pela ditadura. O porquê não fica implícito mas se depreende muito bem que eles fogem por causa disso. Aí eles vão morar num sítio e quem mais sente a mudança (viver escondido, não frequentar mais a escola, não poder mais ver os amigos) são os dois filhos do casal, duas crianças. É através da visão do filho mais velho, Harry (nome fictício que ele adota para homenagear o “escapista” Houdini), que a história é contada.

Ou seja, temos uma visão infantil das coisas que acontecem. Deste modo, é impossível não comparar “Kamchatka” com “O Ano em que meus pais saíram de férias”, pois ambos têm temática semelhante e são feitos através dos olhos de crianças. Porém achei o filme argentino superior ao brasileiro e esta opinião baseia-se principalmente num ponto: a espontaneidade das crianças que atuam nos filmes. Em “O Ano…”, fiquei com a impressão de que as crianças estavam com atuações forçadas, falando frases muito certinhas… Já em “Kamchatka” as crianças não “forçam” situações, são crianças mesmo, que fazem presepadas e estão alheias aos problemas do mundo adulto que as cercam. O filho mais novo do casal em fuga (o irmãozinho de Harry) é uma figuraça: além de encantar-nos com sua atuação, ele realmente encarna um pivete travesso e que só apronta.

E isso é que é muito legal no filme argentino. A gente vai vendo a convivência de um casal em perigo e em fuga com crianças que estão em outro mundo, que apenas querem brincar e ver os amigos. O que nos vai entristecendo durante o filme é que a impressão que temos é que aquela alegria que eles têm na convivência em família será passageira, que haverá uma quebra, um momento muito triste. Se esta impressão vira verdade ou não, cabe a você assistir ao filme e comprovar isto.

Recomendo bastante “Kamchatka” e os motivos seriam inúmeros. Os três principais que eu elencaria são: o filme é um drama não apelativo; a atuação das crianças é muito boa; ele é bom para conhecermos um pouco mais do passado recente da nossa vizinha Argentina. Procure na locadora e veja esta obra que, apesar de pouco falada, está sendo bastante divulgada neste blog, o qual é um primor de audiência na web!

P.S.: Por que o nome do filme é “Kamchatka”? Em primeiro lugar, Kamchatka é uma península localizada na região oriental da Rússia. “Tá, e daí?”, você deve estar se perguntando. Bem, é o seguinte: Harry costumava jogar “War” com seu pai e toda vez perdia feio. Porém, um dia, era Harry quem estava quase ganhando o jogo; seu pai só tinha um território na partida - Kamchatka - e, mesmo com toda esta inferioridade, conseguiu virar o jogo. Logo, Kamchatka virou, para o menino, o sinônimo de resistência e de sobrevivência para tempos difíceis. Uma metáfora muito boa, não?









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