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    2009-05-04

    Violência Gratuita - Funny Games

    Uma família segue harmoniosamente para a sua habitação de férias, ao chegar ao destino deparem-se com um dia normal, os seus vizinhos lá estão a jogar golfe. Tudo estava a correr bem, até que um jovem anafado bate-lhe á porta e pede emprestado alguns ovos. Quando se apercebem, a família encontra-se dentro de um macabro jogo, o qual a vida pouco importa.
    Neste thriller provocante e brutal do diretor Michael Haneke, uma família em ferias recebe a inesperada visita de dois jovens profundamente perturbados. A partir daí suas ferias de sonhos se transformam em pesadelo quando são sujeitados a inimagináveis terrores e provações para continuarem vivos.
    A introdução é legal. Você percebe que não está diante de uma trama trivial, com mocinhos e bandidos clichês. No caso você tem uma família composta por pai, mãe e filho, o que já deixa a trama focada apenas nesse trio e não em 20 coadjuvantes que vão apenas morrer.


    Existe uma longa filmografia dentro do Cinema de Horror dedicada a mostrar cenas de tortura de inocentes, normalmente em suas próprias casas, onde os torturadores são psicopatas alucinados. Na década de 70 muitos desses filmes de conteúdo puramente exploitation foram lançados, entre eles clássicos como The Last house on the Left, de Wes Craven, com a presença em cena do demente David Haas, que repetiria a dose na tranqueira House on the Edge of the Park, de Ruggero Deodato; sem esquecer do maravilhoso: The Last House on Dead End Street, de Vitor Janos, lançado quase na mesma época em que o Massacre da Serra Elétrica Original; além do clássico de Aldo Lado, que transporta o mesmo roteiro de Last House on the Left para dentro de um trem em Night Train Murders, que inclusive chega a ser citado em O Albergue 2.
    O diretor alemão Michael Haneke é famoso por fazer filmes perturbadores. Haneke, além do dirigir escreve os roteiros dos filmes. Extremamente bem elaborados, ele explora a psique e o comportamento humano, ao mesmo tempo que critica o comportamento social, através de personagens marginais ou com distúrbios. É um cinema de estranhamento, pois é a através do choque que o espectador toma consciência de sua crítica social e começa a apreciar o filme. Mas seus não são para qualquer um

    Funny Games, de 1997, foi um de seus fimes exibidos durante festivais de cinema por aqui e até chegou a entrar em cartaz em poucas salas. O filme causa desconforto não só pelas cenas de violência, mas pela impotência do espectador diante dos eventos. A crítica social de Haneke começa já no título: os jogos são basicamente jogos sádicos criados pelos dois sociopatas que invadem uma casa, tomando o casal e o filho como reféns. O desconforto nesse filme é principalmente causado pela sensação que o espectador acaba tendo de cúmplice das ações dos dois jovens, uma vez que o diretor passeio o tempo todo entre pela fina linha entre a realidade e ficção.
    Acusado de fascismo pelo diretor Carlos Reichenbach — que saiu aos gritos no meio da sessão de cinema —, este intenso filme de Michael Haneke é uma experiência tão forte quanto incômoda. Um dos mestres do cinema na atualidade, Haneke é um grande construtor de cinema de imagens e com “conteúdo” extremamente profundo, sob simples aparência de exercício de estilo. Para quem concorda com Reichenbach (que não ficou até o final do filme), o filme pode parecer sádico e abrupto, numa primeira análise. Mas, como toda obra-prima polêmica, necessita e pede revisão. Ainda assim, não é impossível gostar do filme numa primeira vista. É um primoroso trabalho cinematográfico, tolice procurar política vã em uma obra deste quilate.

    É a difícil história de um casal (Susanne Lothar e Ulrich Mühe, ambos excepcionais atores) que se vê as voltas com problemas inescapáveis e nascidos de ninharias indecifráveis. Pais de um saudável garoto e possuidores de uma vida confortável e feliz, eles nunca esperariam encontrar um catalisador de mudanças tão inesperado e implacável. Certo dia, um tal Peter (Frank Giering), que diz ser amigo de amigos deles, aparece na casa dos dois em busca de quatro simples ovos. A mulher, Anna, o recebe e de boa vontade o ajuda. O sujeito, ao quebrar os ovos que lhe foram dados, pede outros. Conseguindo-os, inventa um atrito com o cão da casa para se livrar da nova leva. A mulher já começa a perceber algo errado, ainda mais porque Peter “acidentalmente” derrubou o telefone da casa numa pia cheia d’água, o que mais tarde se revelará um gravíssimo empecilho comunicativo (na hora de mais precisão). Eis que seu marido, ausente por um motivo qualquer, retorna ao lar e se depara com o desconhecido e seu amigo (Paul, feito pelo intimidador Arno Frisch). Sem mais nem menos, uma estranha tensão cobre de nervoso os habitantes da casa, e os obscuros visitantes adotam comportamentos que desmascaram suas primitivas personas. Uma onda de violência e terror psicológico passa a dominar o então bucólico e familiar filme, uma agonia de métodos de tortura exemplarmente filmados e narrados.




    No incrível domínio do plano-seqüência, na maestria da composição perfeita técnica e plasticamente, Haneke nos apresenta uma película densa e cheia de significados, cuja imagem aponta o princípio dos pensamentos desencadeados pelas ações e comportamentos ali retratados. O visual como ponto de partida, sugestivo, nunca definitivo. A agonia de ver-se imobilizado ante o medo, de ter seus familiares subjugados, de se saber impotente, tudo isso é pintado com tintas marcantes. Pode questionar a ética (?!) do cinema do alemão, mas nunca sua qualidade. A competência é avassaladora, um entre tantos nomes que desnorteiam os argumentos dos saudosistas — para quem o cinema aparentemente morreu.

    A tristeza que cada segundo da fita passa é talvez uma das maiores provas de que Haneke não é um entusiasta da violência, mas sim um crítico feroz. Homem sábio, não disfarça impactos com discursos politicamente corretos, mas tenta mostrar a violência que nasce do homem e corrompe sua existência, a covardia que procura brechas. Não é algo simples de se desenvolver, é preciso talento e ousadia, e por isso é também necessário trajar uma espécie de consciência à prova de balas, que as críticas serão muitas e inevitáveis.

    Em tempos que a mídia e a sociedade banalizaram a violência e o espetáculo de crimes é menos ultrajante que a política, um Michael Haneke sempre vai bem, mostrando que ainda desconhecemos limites para a maldade, a dor, a perversão, e que tudo isso ainda pode chocar quem desconhece tais parâmetros do terror. Porque o terror não é necessariamente algo explícito, mas algo que se insinua e é amedrontador. E sóbrio.

    A intenção do realizador poderia ser a de criticar a violência gratuita nos filmes de Hollywood. Poderia ser, mas não foi. Acabou, isso sim, por se tornar num filme em que nada é explicado. Surgem dois jovens vindos do nada, com mentes perversas, com intenções de torturar uma família rica. Torturam, batem, maltratam, matam e estão prontos para mais violência.
    VIOLÊNCIA GRATUITA (FUNNY GAMES, EUA, 2008).

    Duração: 111 minutos
    Direção: Michael Haneke
    Roteiro: Michael Haneke
    Produção: Christian Baute; Chris Coen; Hamish McAlpine; Andro Steinborn
    Produção Executiva: Hengameh Panahi; Douglas C. Steiner; Naomi Watts
    Fotografia: Darius Khondji
    Direção de Arte: Hinju Kim
    Desenhos de Produção: Kevin Thompson
    Elenco: Naomi Watts (Ann); Tim Roth (George); Michael Pitt (Paul); Brady Corbet (Peter); Devon Gearhart (Georgie); Boyd Gaines (Fred); Siobhan Fallon (Betsy); Robert LuPone (Robert); Susanne C. Hanke (Cunhada de Betsy); Linda Moran (Eve)





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